Atila Costa Pereira, o "vovô" como seus companheiros de time o chamam, presente desde a implantação da modalidade Basquetebol no Goias EC, com 82 partidas e 823 pontos e ainda contando, vem compartilhar um pouco de sua perspectiva do basquetebol com seu humor peculiarmente ácido.
De que maneira você teve seu primeiro contato com o Basquetebol?
Morei em Caldas Novas durante o ano
de 2004, na escola onde estudei tinha modalidades de quadra mais conhecidas
(Futsal, Vôlei, Handebol e o Basquete). Como eu era um dos mais altos da
escola, mesmo com 13 anos, me chamaram para o treinamento.
Quem ou o que teve influencia e incentivo para jogar Basquete?
No inicio não tive muita influencia,
comecei a jogar simplesmente por ser alto, com o tempo meu tio começou a
incentivar, por ter jogado na adolescência, contando historias da época em que
jogava e ajudando em pontos que eu ainda não conhecia sobre o esporte. Mãe e
Pai sempre estiveram ao meu lado, com apoio nos treinos e com a consciência de
manter o pé no chão.
O que o Basquete te proporciona ou proporcionou?
Conhecer novas pessoas e fazer
amizades que posso levar adiante. A prática me deixa muito bem fisicamente e
emocionalmente, quando estou jogando é uma das melhores sensações que já
experimentei. A confraternização que o time atual faz nas viagens, resume bem
esses sentimentos, ganhando ou perdendo, a amizade prevalece e o time fica mais
forte.
Determinado, persistente, de vez em
quando faz bandeja puxando o aro, não sabe jogar basquete, mas quebra um galho
e com muita ousadia e alegria.
Qual o seu jogador favorito?
Shaquille O'Neal. Porque sempre que
via jogos dele, era descontraído, jogava feliz e era dominante de verdade, não
igual alguns pivôs de hoje em dia que pegam uns cinco rebotes e ficam se
achando os dominantes, tipo Howard, além dos melhores lances livres de se
assistir.
Você fez parte da primeira equipe de basquete do Goias EC, e ainda hoje
continua defendendo as cores do clube, o que você pode compartilhar sobre isso?
Dos anos que estive envolvido, esse
ano (2015) está sendo o melhor time, onde conseguimos encaixar o melhor jogo
aliado ao companheirismo presente no time. Nos outros anos eu participei de
dois começos de planejamento, normalmente o começo de qualquer plano tem
instabilidades, em 2007 participei da primeira equipe de base que o Goias EC
montou, então ainda era considerada uma escolinha e não uma categoria de base,
e em 2013 participei da primeira equipe adulta, onde a media de idade da equipe
por volta de 20 anos, não tinha experiência alguma da categoria adulta. Hoje
considero que conseguimos montar um time com os melhores jogadores vindos da
categoria de base de cada ano (2007 – 2015) do próprio time.
Copa SESC - 2007 |
Rio Verde GO - 2015 |
Qual a sua partida Inesquecível?
Considero todo o torneio mão na bola
de 2015 como uma “partida inesquecível”. Não por um destaque individual, mas
sim por todo desenrolar da competição e do empenho coletivo neste campeonato,
onde doamos o máximo de cada um em cada partida.
Qual a maior lição que o Basquete te ensinou?
Não adianta ter os melhores jogadores
se não tiver a melhor equipe, assim como a vida, poucas coisas se conquistam
sem um apoio. Resumindo, uma andorinha só, não faz verão.
Deixe uma mensagem aos praticantes e futuros praticantes de
basquete.
Treino físico é ruim,
mas não menosprezem, é tão importante quanto o treino com bola. Se dedique 100%
aos treinos, para que nos jogos possam chegar ao seu máximo e sair com a
vitória. Quem é baixo tenta te diminuir para que não seja insignificante
sozinho, então continue trabalhando e evolua sempre.