DGuedz |
O entrevistado dessa vez é Diego Guedes, mais conhecido como DGuedez. vem compartilhar suas experiências com o Basquetebol. Para quem esta passando pela primeira vez aqui no Blog, essa serie de entrevistas surgiu a partir de um questionamento de meus atletas, querendo saber quem eram os outros atletas que jogam\jogavam por outras equipes, dessa maneira criei a serie Historia do Basquete Goiano. Espero que gostem e não se esqueçam de deixar seus comentários!
Coach Santiago Como se iniciou a sua história com o Basquete? O Basquete foi até você ou você foi até o Basquete?
Diego Guedes Eu jogava futebol na escolinha do meu bairro (Cidade Livre, Aparecida de Goiânia) e meu professor me disse que eu estava crescendo demais para a idade e que eu tinha biotipo de jogador de basquete. Isso foi em 1998, quando eu já tinha 16 anos de idade. Então, fui ao ginásio local e comecei a jogar com o pessoal. Logo fui à escolinha do Ajax fazer um teste, passei e comecei a treinar no Esporte Center, com o Célio e o Marquinhos. Joguei pelo Ajax de 1998 a 2001, quando fui treinar na equipe profissional do Universo/ Ajax na época, permanecendo até 2005.
CS Qual foi a sua primeira competição?
A primeira competição foi o campeonato goiano de 1999, na categoria infanto-juvenil, na qual o Ajax foi campeão. Lembro que a final foi contra o Jóquei Club, na sede do Jóquei, e eu fiquei quase o jogo todo no banco(rs).
CS Quando foi que você decidiu se dedicar ao Basquete? (Por quê?)
DG Em 2001, quando fui para o time profissional, porque tinha a esperança de ser um jogador que pudesse viver do basquete e para o basquete.
CS Qual o seu momento marcante no Basquete? (Algo que te marcou e está sempre com você)
DG Um fato marcante foi jogar contra o Flamengo, no Tijuca Tênis Club, com o ginásio lotado de flamenguistas fazendo o ginásio literalmente tremer.
CS Qual a sua preferência? Basquete Tradicional (5x5) ou o Streetball?
DG Hoje não tenho mais preferência, mas há alguns anos dediquei ao basquete de rua jogando vários torneios em São Paulo e Rio de Janeiro, pelo time da Cufa Goiás, na Época. Eu gosto do basquete de rua devido à liberdade de improviso que o jogo oferece e no basquete de rua o jogo é mais “pegado” e dinâmico.
Iverson x Bryant |
CS Você tem algum jogador ou jogadores que acompanha? Jogador "Favorito"?
DG Sempre fui fã primeiro do Kobe e depois do Iverson, tanto é que sempre quis imitar o estilo desses dois jogadores.
CS Você tem ou teve algum colega de time que você mais gostou de conviver?
DG Quando eu joguei pelo Ajax, tive o prazer de jogar com os grandes jogadores da época, fiz amigos e parceiros que tenho contato até hoje. Destes, posso destacar minha amizade com o André Bambu e o Ratto, que, inclusive, me ensinou a técnica do chute da linha dos três pontos.
CS O que o Basquete te ensinou de mais importante?
DG O basquete me ensinou que a vida é coletiva e que muitas estratégias do jogo podem ser aplicadas em nosso cotidiano.
CS Na primeira passagem do time profissional em Goiânia, você esteve presente, como foi a sua experiência com a equipe? Eram os medalhões do basquete brasileiro na época: Ratto, Rogério, Wanderley, Sandro Varejão, Diego, Alberto Bial ..... Você poderia compartilhar alguma coisa desse seu convívio? Alguma situação, algum acontecimento ....
DG Essa experiência foi bacana, pois vi de perto grandes jogadores e às vezes nem acreditava que estava lá compondo a equipe e viajando com eles. O ambiente era bacana, exceto quando a Universo atrasava os pagamentos e os caras ficavam loucos pra receber. Inclusive, esse foi, para mim, um dos motivos pelos quais o time não foi campeão naquele ano em que montou o “super time”.
CS Nesses anos todos com o basquete, como você definiria o jogador Diego Guedes?
DG Minha vida no basquete sempre foi de altos e baixos, tive momentos bons e ruins, mais ruins que bons com o esporte, mas que me fizeram amadurecer dentro e fora da quadra. Hoje, fisicamente, estou aquém do Diego de 2003/2004, quando estava no auge, mas, mentalmente, estou mais entendido do jogo e consigo interpretar bem melhor as estratégias que envolvem o esporte.
CS O que te motiva a continuar jogando basquete?
DG Jogo basquete hoje simplesmente pelo prazer de jogar, sem muitas ambições, a não ser a de entrar em quadra e fazer um bom jogo e levar a vitória para a equipe.
CS Fora das quadras qual a sua programação favorita? Sabemos que você tem uma carreira com a música, poderia nos contar alguma coisa?
DG Minha vida musical anda lado a lado com o basquete desde 1998, quando comecei a jogar. Hoje estou na música profissionalmente, compondo e interpretando meus sons e fazendo shows pelo Brasil.
Diego Guedes em um de seus Shows |
CS Como você vê a situação do basquete brasileiro? Em especial, o nosso basquete goiano?
DG O basquete brasileiro é carente de investimentos na base. Assim, as categorias são muito debilitadas de jogadores acima da média, pois, para compor uma seleção, o jogador deve ser acima da média. A solução é investir em escolinhas pelo Brasil e acabar com a máfia nos bastidores da confederação, etc.
CS Deixe uma mensagem para quem está começando no basquete.
DG Minha mensagem é simples e prática: treine, treine e treine. Treine o máximo que puder e suportar. Se você acredita no seu potencial e no seu sonho: treine!
Obrigado pela oportunidade de falar do esporte que mais amo e por compartilhar um pouco da minha história com vocês, leitores. Quem quiser ouvir minhas músicas, é só acessar o Spotify e em meu canal no YouTube. É só procurar por "DGuedz". Valeu a todos, “tamo junto”!
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Entrevista 01: Leonardo Lopes
Entrevista 02: Hugo Barbo