Hugo Barbo Atuando por sua cidade natal: Vianópolis GO |
Hoje quem veio compartilhar sua jornada com o Basquete é Hugo Barbo, uma pessoa que sabe conviver e trabalhar em equipe, com um senso de companheirismo muito apurado e muito participativo! Sempre disposto a dar sua parcela de contribuição para com a equipe e seus colegas de time. Muito esforçado em tudo que se propõe a fazer.
Coach Santiago Onde voce teve seu
primeiro contato com o Basquete?
Hugo Barbo Em 1998 participei de um torneio escolar na cidade de
Valparaíso-GO. A instituição em que eu era matriculado (CEBAM) ministrava aulas
teóricas e práticas de quatro esportes durante o ano (basquete, futsal,
handebol e vôlei), um por bimestre, sendo um mês para estudo das regras e outro
para desenvolvimento técnico. Embora eu tenha demonstrado certa habilidade
àquela época não me empolguei, oportunidade em que só voltei a jogar nos
finalmentes do ano de 2002 em uma colônia de americanos na cidade de Vianópolis-GO
por incentivo do professor Cristóvão Pereira (Nerão), quando então decidi me
dedicar apenas e tão somente ao basquete.
CS Qual foi o primeiro
Campeonato\Torneio que você participou
HB Participei de um torneio intermunicipal de fim de semana na
cidade de Morrinhos-GO entre os dias 11 a 13 de março de 2003 pelo time de
Vianópolis-GO e fui campeão pela primeira vez. Àquela época eu jogava na
categoria infanto juvenil.
CS Quais os
clubes\agremiações que você ja atuou
HB Joguei pelo time de
Vianópolis-GO entre os anos de 2003 a 2015 sob orientação do professor Darlan
Guimarães. Mesmo me mudando para Goiânia-GO em definitivo no ano de 2011, como
vivia em trânsito constante entre as duas cidades e, na medida do possível,
contribuía com a organização daquela equipe, demorei um pouco a me desvincular.
Copa SESC Cidade de Anapolis GO - 2005 |
HB Nesse meio
tempo fui convocado duas vezes para a seleção goiana de basquete infanto e
juvenil nos anos de 2005 e 2006 pelo Técnico Moisés Silva (Anápolis-GO) e
participei de duas edições de campeonatos nacionais naqueles anos, estes
sediados em Florianópolis-SC e Brasília-DF, respectivamente.
HB Em 2007
participei da montagem do grupo que formaria o extinto Goiânia Green, também
sob orientação do técnico Moisés Silva e integrei temporariamente a equipe
infanto-juvenil da Liga Macaense de basquete (Macaé-RJ).
HB Em
2010, embora ainda vinculado ao time de Vianópolis-GO, o professor Cintra
da PUC Goiás montou uma equipe que levou o nome daquela universidade
exclusivamente para competir na Copa Brasil Central e fui convidado a integrá-la.
Naquela oportunidade, o time ficou em 3º lugar.
HB No segundo
semestre de 2015 atuei pela equipe goianiense dos Soldiers e desde o ano de
2016 integro a equipe adulta do Goiás Esporte Clube, sob orientação do técnico
Santiago Santana.
Goias Esporte Clube |
CS Como voce definiria seu estilo de jogo?
HB Embora eu tenha registros de uma boa fase como pontuador
quando mais novo, meu jogo sempre foi primordialmente defensivo e de muito
contato físico, razão pela qual me considero um jogador de defesa. Ainda assim,
no ataque me caracterizo pelos jumps de meia distância e infiltrações.
CS Qual seu melhor
momento\fase no basquete?
HB Acredito que o período entre os anos de 2005 e 2007
possivelmente tenha sido a minha melhor fase, visto ser a época em que eu tive
condições de me dedicar quase que exclusivamente ao esporte. Prova disso é que
foi exatamente nessa época que me despontei a nível estadual e participei de
campeonatos nacionais.
HB Nessa mesma
época fui campeão pelo time de Vianópolis-GO de inúmeros torneios regionais,
muitos deles em Anápolis-GO (Jogos Abertos de Anápolis, Copa Sesc, Copa da
Primavera), dada a proximidade com a minha cidade, bem como dos Jogos
Estudantis do Estado de Goiás (2005) com um time que empolgou toda uma região a
praticar o basquete. Tanto isso é verdade que mesmo sem uma estrutura adequada
para tanto, o professor Darlan Guimarães teve mais de 300 alunos de basquete
entre meninos e meninas em uma cidade com pouco mais de 13.000 habitantes.
CS Qual seu melhor momento\fase no basquete?
HB registro três momentos especiais:
O Título
dos Jogos Estudantis do Estado de Goiás em Três Ranchos (2005) pelo time de
Vianópolis-GO que coroou todo um ano de empenho e o final do meu ensino médio,
bem como selou amizades verdadeiras que tenho até hoje;
Cidade de Tres Ranchos GO - 2005 |
O Título
dos Jogos Abertos de Anápolis de 2005, tempo em que a equipe de Vianópolis-GO
fechou o terceiro quarto perdendo por 10 pontos e terminou o jogo com uma
virada histórica vencendo por 12. Naquele final de semana o time foi recebido
com uma grande festa e carreata no retorno de Anápolis-GO, coisa jamais vista
na região mesmo em casos relacionados aos torneios locais de futebol, fato que
comprovou em definitivo que as pessoas da região não gostavam de apenas um
esporte;
O meu
último jogo pela seleção goiana juvenil no campeonato brasileiro de 2006 (Goiás
x Rondônia), em Brasília-DF. A equipe vinha desanimada em virtude de sucessivas
derrotas e o técnico Moisés Silva (Anápolis-GO) me deu um voto de confiança
para jogar com liberdade. Naquela ocasião fiz mais de 20 pontos, inclusive os
dois últimos (arremesso livre) que garantiu àquela seleção a vitória nos sete
segundos finais.
HB Manu Ginobilli
CS Qual a sua
inspiração\motivação para continuar jogando basquete?
HB Conquanto eu não tenha me dedicado efetivamente a uma
eventual possibilidade de profissionalização ou coisa do tipo, não poderia
desconsiderar a importância do basquete no meu crescimento. Foi através dele
que conheci boa parte do Brasil, fiz e mantive amizades que tenho até hoje, bem
como criei muitas das minhas referências pessoais, que, por sinal, são
reconhecidas mesmo eu trabalhando em uma profissão completamente diferente
(advogado). Portanto, o simples fato de competir em bom nível após tantos anos
mesmo com as dificuldades que o passar do tempo impõe, principalmente aquelas
relacionadas a trabalho, dinheiro e família, me motiva por si só, até mesmo
porque percebo o quanto o meu esforço nesse sentido reflete na minha saúde
física e mental.
CS Em sue ponto de vista,
como esta a cena do Basquete? Em especial o Basquete Goiano?
HB Sofremos do amadorismo na gestão das federações de basquete
por todo o Brasil e Goiás não foge a essa questão. A prática do basquete não é
fomentada como deveria nas escolas, principalmente nas públicas, fato que
reflete a preferência natural da maioria das pessoas pelo futebol. Além disso,
a julgar pelo o que vivemos aqui, percebo que a federação goiana está distante
dos praticantes por questões meramente políticas e isso nos mantém parados no
tempo. Em se tratando de um esporte que vem perdendo status de preferência com
o passar dos anos, o ideal seria a união de forças e não o contrário. Hoje,
porém, constato que o basquete, especialmente o goiano, sobrevive por conta de
poucos apaixonados que não abandonam o esporte.
CS Em sua caminhada através
dos anos jogando basquete, você conseguiria, olhando para tras, apontar quem
foi ou foram as pessoas que mais te motivaram, de deram apoio? Que voce percebe
que tiveram influencia em sua formação como atleta e como pessoal?
HBTodos os professores já mencionados (Nerão, Darlan, Moisés e
Santiago) foram importantes e adequados aos seus momentos. Não vejo como
desvincular a participação de qualquer um deles da minha trajetória. Meus pais,
na medida do possível, sempre me acompanharam, então também não posso deixar de
mencioná-los.
CS Se voce quiser fazer
alguma observação alguma mensagem, para quem esta entrando no basquete:
HB Àqueles que tiverem condições de se dedicarem exclusivamente
ao basquete por um tempo, principalmente quando mais novos, que valorizem os
treinos. Os fundamentos bem treinados nunca são esquecidos. Aos que não podem
se dedicar com exclusividade, que não desanimem. Se você escolher não deixar de
jogar, certamente sempre haverá um tempo e um jeito, assim como aconteceu
comigo até aqui.
Hugo na Lance Livre - Copa SESC de Anápolis - 2005 |
Outras Entrevistas da serie: Historia do Basquete Goiano:
Entrevista 01: Leonardo Lopes
Entrevista 03: Diego Guedes
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