sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Entrevista com Hugo Barbo - Serie Historia do Basquete Goiano 02


Hugo Barbo
Atuando por sua cidade natal:
 Vianópolis GO
Hoje quem veio compartilhar sua jornada com o Basquete é Hugo Barbo, uma pessoa que sabe conviver e trabalhar em equipe, com um senso de companheirismo muito apurado e muito participativo! Sempre disposto a dar sua parcela de contribuição para com a equipe e seus colegas de time. Muito esforçado em tudo que se propõe a fazer. 



Coach Santiago Onde voce teve seu primeiro contato com o Basquete?
Hugo Barbo Em 1998 participei de um torneio escolar na cidade de Valparaíso-GO. A instituição em que eu era matriculado (CEBAM) ministrava aulas teóricas e práticas de quatro esportes durante o ano (basquete, futsal, handebol e vôlei), um por bimestre, sendo um mês para estudo das regras e outro para desenvolvimento técnico. Embora eu tenha demonstrado certa habilidade àquela época não me empolguei, oportunidade em que só voltei a jogar nos finalmentes do ano de 2002 em uma colônia de americanos na cidade de Vianópolis-GO por incentivo do professor Cristóvão Pereira (Nerão), quando então decidi me dedicar apenas e tão somente ao basquete.

CS Qual foi o primeiro Campeonato\Torneio que você participou
HB Participei de um torneio intermunicipal de fim de semana na cidade de Morrinhos-GO entre os dias 11 a 13 de março de 2003 pelo time de Vianópolis-GO e fui campeão pela primeira vez. Àquela época eu jogava na categoria infanto juvenil.

CS Quais os clubes\agremiações que você ja atuou
HB Joguei pelo time de Vianópolis-GO entre os anos de 2003 a 2015 sob orientação do professor Darlan Guimarães. Mesmo me mudando para Goiânia-GO em definitivo no ano de 2011, como vivia em trânsito constante entre as duas cidades e, na medida do possível, contribuía com a organização daquela equipe, demorei um pouco a me desvincular.

Copa SESC Cidade de Anapolis GO - 2005
HB Nesse meio tempo fui convocado duas vezes para a seleção goiana de basquete infanto e juvenil nos anos de 2005 e 2006 pelo Técnico Moisés Silva (Anápolis-GO) e participei de duas edições de campeonatos nacionais naqueles anos, estes sediados em Florianópolis-SC e Brasília-DF, respectivamente.

HB Em 2007 participei da montagem do grupo que formaria o extinto Goiânia Green, também sob orientação do técnico Moisés Silva e integrei temporariamente a equipe infanto-juvenil da Liga Macaense de basquete (Macaé-RJ).


HB Em 2010, embora ainda vinculado ao time de Vianópolis-GO, o professor Cintra da PUC Goiás montou uma equipe que levou o nome daquela universidade exclusivamente para competir na Copa Brasil Central e fui convidado a integrá-la. Naquela oportunidade, o time ficou em 3º lugar.

HB No segundo semestre de 2015 atuei pela equipe goianiense dos Soldiers e desde o ano de 2016 integro a equipe adulta do Goiás Esporte Clube, sob orientação do técnico Santiago Santana.

Goias Esporte Clube

CS Como voce definiria seu estilo de jogo?
HB Embora eu tenha registros de uma boa fase como pontuador quando mais novo, meu jogo sempre foi primordialmente defensivo e de muito contato físico, razão pela qual me considero um jogador de defesa. Ainda assim, no ataque me caracterizo pelos jumps de meia distância e infiltrações.

CS Qual seu melhor momento\fase no basquete?
HB Acredito que o período entre os anos de 2005 e 2007 possivelmente tenha sido a minha melhor fase, visto ser a época em que eu tive condições de me dedicar quase que exclusivamente ao esporte. Prova disso é que foi exatamente nessa época que me despontei a nível estadual e participei de campeonatos nacionais.


HB Nessa mesma época fui campeão pelo time de Vianópolis-GO de inúmeros torneios regionais, muitos deles em Anápolis-GO (Jogos Abertos de Anápolis, Copa Sesc, Copa da Primavera), dada a proximidade com a minha cidade, bem como dos Jogos Estudantis do Estado de Goiás (2005) com um time que empolgou toda uma região a praticar o basquete. Tanto isso é verdade que mesmo sem uma estrutura adequada para tanto, o professor Darlan Guimarães teve mais de 300 alunos de basquete entre meninos e meninas em uma cidade com pouco mais de 13.000 habitantes.

CS Qual seu melhor momento\fase no basquete?
 HB registro três momentos especiais: 

O Título dos Jogos Estudantis do Estado de Goiás em Três Ranchos (2005) pelo time de Vianópolis-GO que coroou todo um ano de empenho e o final do meu ensino médio, bem como selou amizades verdadeiras que tenho até hoje;

Cidade de Tres Ranchos GO - 2005 
O Título dos Jogos Abertos de Anápolis de 2005, tempo em que a equipe de Vianópolis-GO fechou o terceiro quarto perdendo por 10 pontos e terminou o jogo com uma virada histórica vencendo por 12. Naquele final de semana o time foi recebido com uma grande festa e carreata no retorno de Anápolis-GO, coisa jamais vista na região mesmo em casos relacionados aos torneios locais de futebol, fato que comprovou em definitivo que as pessoas da região não gostavam de apenas um esporte;

O meu último jogo pela seleção goiana juvenil no campeonato brasileiro de 2006 (Goiás x Rondônia), em Brasília-DF. A equipe vinha desanimada em virtude de sucessivas derrotas e o técnico Moisés Silva (Anápolis-GO) me deu um voto de confiança para jogar com liberdade. Naquela ocasião fiz mais de 20 pontos, inclusive os dois últimos (arremesso livre) que garantiu àquela seleção a vitória nos sete segundos finais.

CS Você tem algum jogador favorito ou que você acompanha?
HB Manu Ginobilli

CS Qual a sua inspiração\motivação para continuar jogando basquete?
HB Conquanto eu não tenha me dedicado efetivamente a uma eventual possibilidade de profissionalização ou coisa do tipo, não poderia desconsiderar a importância do basquete no meu crescimento. Foi através dele que conheci boa parte do Brasil, fiz e mantive amizades que tenho até hoje, bem como criei muitas das minhas referências pessoais, que, por sinal, são reconhecidas mesmo eu trabalhando em uma profissão completamente diferente (advogado). Portanto, o simples fato de competir em bom nível após tantos anos mesmo com as dificuldades que o passar do tempo impõe, principalmente aquelas relacionadas a trabalho, dinheiro e família, me motiva por si só, até mesmo porque percebo o quanto o meu esforço nesse sentido reflete na minha saúde física e mental.

CS Em sue ponto de vista, como esta a cena do Basquete? Em especial o Basquete Goiano? 

HB Sofremos do amadorismo na gestão das federações de basquete por todo o Brasil e Goiás não foge a essa questão. A prática do basquete não é fomentada como deveria nas escolas, principalmente nas públicas, fato que reflete a preferência natural da maioria das pessoas pelo futebol. Além disso, a julgar pelo o que vivemos aqui, percebo que a federação goiana está distante dos praticantes por questões meramente políticas e isso nos mantém parados no tempo. Em se tratando de um esporte que vem perdendo status de preferência com o passar dos anos, o ideal seria a união de forças e não o contrário. Hoje, porém, constato que o basquete, especialmente o goiano, sobrevive por conta de poucos apaixonados que não abandonam o esporte.

CS Em sua caminhada através dos anos jogando basquete, você conseguiria, olhando para tras, apontar quem foi ou foram as pessoas que mais te motivaram, de deram apoio? Que voce percebe que tiveram influencia em sua formação como atleta e como pessoal?

HBTodos os professores já mencionados (Nerão, Darlan, Moisés e Santiago) foram importantes e adequados aos seus momentos. Não vejo como desvincular a participação de qualquer um deles da minha trajetória. Meus pais, na medida do possível, sempre me acompanharam, então também não posso deixar de mencioná-los.

CS Se voce quiser fazer alguma observação alguma mensagem, para quem esta entrando no basquete:

HB Àqueles que tiverem condições de se dedicarem exclusivamente ao basquete por um tempo, principalmente quando mais novos, que valorizem os treinos. Os fundamentos bem treinados nunca são esquecidos. Aos que não podem se dedicar com exclusividade, que não desanimem. Se você escolher não deixar de jogar, certamente sempre haverá um tempo e um jeito, assim como aconteceu comigo até aqui. 

Hugo na Lance Livre - Copa SESC de Anápolis - 2005



Outras Entrevistas da serie: Historia do Basquete Goiano:

Entrevista 01: Leonardo Lopes
Entrevista 03: Diego Guedes

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